Afinal quem fala hoje do extermínio dos armênios ? Hitler, em 1939, nas vésperas da invasão da Polônia.
Para muitos, esse é um momemto desconhecido da História mundial. Eu mesma não sabia quase nada até mudar para a Argentina e conhecer vítimas diretas do genocídio armênio. É importante que assuntos como esse não sejam esquecidos ou ignorados, e aqui vai a minha parte nessa luta pela memória.
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O genocídio armênio foi a matança e deportação forçada de centenas de milhares ou até mais de um milhão de pessoas de origem armênia que viviam no Império Otomano, com a intenção de arruinar sua vida cultural, econômica e seu ambiente familiar, durante o governo dos chamados Jovens turcos , de 1915 a 1917.
Está estabelecido que foi o primeiro genocídio do século XX, e há evidências do plano organizado e intentado de eliminar sistematicamente os armênios. Adota-se a data de 24 de abril de 1915 como início do massacre, por ser a data em que dezenas de lideranças armênias foram presas e massacradas em Istambul.
O atual governo turco não reconhece o genocídio armênio, o que inclusive é um dos temas de conflito na possível entrada da Turquia na União Européia. Recentemente, em 2007, o Congresso dos Estados Unidos reconheceu o genocídio, gerando tensões entre os norte-americanos e os turcos.
Em seu livro Bastidores obscuros da Revolução Turca, Mewlazada Rifar descreve a arquitetura do massacre:Em princípios de 1915 o Comitê de União e Progresso, em sessão secreta presidiada por Talat, decide o extermínio dos armênios. Participaram da reunião Talat, Enver, o Dr. Behaeddin Shakir, Kara Kemal, o Dr. Nazim Shavid, Hassan Fehmi e Agha Oghlu Amed. Designou-se uma comissão executora do programa de extermínio integrada pelo Dr. Nazim, o Ministro da Educação Shukri e o Dr. Behaeddin Shakir. Esta comissão resolveu libertar da prisão os 12.000 criminosos que cumpriam diversas condenações e aos quais se encarregava o massacre dos armênios.
Uma viajante alemã escutou o seguinte de uma armênia, em uma das estações do padecimento de um grupo de montanheses armênios:
O governo cometeria ainda outra vileza: a maioria dos jovem armênios mobilizados ao começar a guerra não foram enviados à frente, mas integraram brigadas para construção de caminhos. Ao terminar o trabalho todos eles foram fuzilados por soldados turcos.
Jacques de Morgan assim se refere às deportações, aos massacres e aos sofrimento padecidos pelos armênios:
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